quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CO2 CATASTRÓFICO
(Marcos Alagoas)
A humanidade reconheceu,
ao dobrar seu joelho em clamor,
os lamentos dos horrores
cometidos à natureza,
na certeza de que ela está cedendo
e já não aguenta mais os ataques
dessas máquinas que a devoram,
pois eram tantas as criações
onde hoje se vê chamas espalhadas
e maquinários poluentes pela evolução
do planeta.
E o tempo vem devorando a camada de ozônio
na sua transformação. Já percebem que está
doente e não conseguem reagir,
e assim a humanidade corre e cada vez
mais as negras fumaças escurecem o céu...
entoxicando-a.
Imaginem se a atmosfera
tivesse pulmão, boca para falar, nariz para respirar...
enfim, ela está perfurada, bombardeada e desintegrou-se
da sua real formação,
Inacreditavelmente, para o homem parece estar normal,
agora o seu racional não é mais que o do animal!...
A tecnologia avança, o estudo não alcança o desafio.
É um fio de esperança que foge dessa realidade desafiadora,
pois a natureza é bela, sensível, visível...
Tanta brutalidade para nós mesmos
condenarmos o nosso planeta.
Não o percebemos e não nos conhecemos,
patéticos e maléficos que somos.
O tempo agora revela a nossa destruição em massa...
Respiramos o nosso próprio veneno,
alimentamo-nos e bebemos líquidos
contaminados, além dos gases, efeitos estufas,
chuvas ácidas, tóxicos carbonos,
Co2 catastrófico, no Ártico ou na Antártida.
O planeta já foi mais bonito, mais iluminado,
equilibrado, consciente, potente... agora fragilizado.
Trocaram seu nome de planeta Terra por Globalização...
Feridas sem cura, destruíram a arte de Deus!!!
O presente que Ele deu à humanidade
torno-se um câncer incurável,
com devastadores tsunamis, catrinas,
terremotos... assombrando o mundo.
Os homens não deveriam
ter medo da sua má e desumana ação,
chamada globalização...


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ORAÇÃO DA ÁGUA
(Marcos Alagoas)
Sou rio Amazonas,
Sou rio São Francisco,
Sou rio Tocantins,
Somos irmãos dos demais rios
Do nosso Brasil.
Somos brasileiros,
Obras dessa Nação.
Somos líquidos,
Somos a Pátria,
Somos vidas, para vidas,
Matando a sede.
Que bebam de mim
Todas as espécies existentes...
Sou fonte de água límpida,
Sou mina de água cristalina,
Sou filho da Natureza,
Sou veias que correm pelo chão...
Sou nascente que brota de gota em gota
Espalhando-se ,
Formando-se e crescendo
Para o mar meu destino encontrar -
Se me preservarem e me respeitarem -,
Pois gosto do meu jeito,
Minha vida, minha cor tão perfeita,
Meu direito de viver.
O meu destino quero percorrer
Com liberdade, sem represar-me.
Sou água a passar por tantos lugares.
Não me polua! Não me degrade!...
Não tenha maldade,
Não tente me secar!
Sou lágrimas desta Terra,
Sou a mãe que dela gera
O teu fruto,
O teu pão,
A tua plantação...
Bebam-me em Paz!
Mesmo com o que faço,
Não desfaço, compreendam-me!
Digam Não por mim
A esta poluição que matará novas gerações.
Aos seus filhos, que aqui nascerão,
Darão a eles sua falta de consciência?
Das suas mãos
Criarão contaminação
Para a vida e suas sementes.
Que injustiça!
Acordem para o mundo!
Sou ser vivo e tenho sentimentos.
Com estes ferimentos
Estou preocupado, não nasci para matar.
Sou coração, sou alma,
Sou lágrimas dessa Terra!
Sou a Pátria, Sou a vida do seu viver.
Olhem o que fazem comigo!
Que perigo para seus filhos!
Nunca fui a tua fome,
Muito pelo contrário,
Então por que me consomem?
Jogam tudo dentro de mim,
Me poluem o ano todo!
Deixem-me viver!
Sou água do seu ser.
Saciem-se sem me matar!...
Sou fonte viva,
Sou Água,
Sou Vida!